Há dias ando triste, decepcionado com minha vida e com você

Há dias ando triste, decepcionado com minha vida e com você. Estou quase sem sentimentos. Hoje, só existe um vazio no meu peito. Você a cada dia vem me decepcionando. Seus poemas, que antes eram para mim, hoje são para outro.

Hoje, fico muito triste, sofro – e como sofro –, ao lembrar-me dos seus versos de amor, que me fazias e me levavam ao nosso amar.

Talvez seja meu destino o sofrer. Talvez seja a minha sina. Tudo que eu amo, toco ou gosto some, desaparece ou apodrece. Nada floresce. O amor vira desamor; só há mágoa e a desilusão. Um eterno sofrer.

Estou quase sem ilusão, só na desilusão. Pois você me enganou e maltratou de novo o meu coração, me fez de bobo da corte, me usou para satisfazer seus desejos e caprichos.

Estou quase sem paciência com tudo e todos. Pois as mágoas tuas invadem meu ser. Estou quase sem esperança, pois você nunca realmente me amou. Vejo agora que nunca fui nada para você.

Estou cansado, deprimido e atirado. Cansei da vida! Sempre esperando algo mais de você. Acho que cansei da minha vida e de você.

Hoje vivo num mundo sem cor e sem vida e sem valor. Um labirinto de decepção, amarguras e sem amor. Vivo na dura mercê de te amar e você nem para mim olhar.

Acho que para você não passei de uma brincadeira ou um tampa furo; algo descartável. Sei que em cada poema meu tentei passar o que eu queria, sentia e você nunca deu valor. Por isto darei um tempo no meu compor; pois acho que poemas de amor para você não sairão mais do meu coração.

Este meu coração está de luto, está muito magoado, triste e solitário. E o solo do amor que era fértil, hoje não passa de um deserto seco e árido.

Por isto, vou entrar no meu casulo e me afastar de você e de todos; recolher-me-ei ao meu canto. Vou tentar me amar antes de qualquer coisa; pois vejo que em te amar, deixei de me amar.

Hoje me olho no espelho do meu corredor e vejo uma imagem de um zumbi. Aquele homem que era belo e um atleta, hoje deu lugar a esta coisa que vagueia e vegeta no dia a dia.

Desleixado. Deprimido. Sem brilho. Sem valor. Sem nada mesmo, só um flagelo que foi enganado pelas armadilhas do amor.

Talvez este amor, de sonhar, de se realizar, de se apaixonar, de se iludir, somente serviu para me magoar. Porque sempre termino me apaixonando por quem não me merece ou nem liga pra mim. Estou cansado. Cansei de te amar, cansei de viver assim. Vou procurar viver para mim, talvez viver um narcisismo. Porque na minha vida só tenho dissabores com você. Planto amor e colho desprezo e desamor ao meu viver.

Vou me isolar, vou me afastar de tudo e todos. Tenho que aprender a me amar e depois, quem sabe, um dia, queira voltar a amar.

Quando um dia te encontrei achei que tinha encontrado o amor; olhei nos seus olhos e me encantei. Apaixonei-me. Gostei muito do que vi, do teu exterior e do teu interior. As coisas que eu procurava achei que tinha encontrado. Que decepção, foi só uma miragem, um conto de fadas que hoje na realidade dura e crua não passa de um filme de terror.

Por isto paro hoje de escrever. Escrever para quem? Pra você nunca mais. Nenhum poema de amor sairá mais de mim. É melhor eu me afastar de todos, pois assim como estou para nada sirvo e para ninguém vou prestar.

Até ontem meu poemas terminavam com beijos e mimos. Hoje, termino este com um adeus, pois não quero nunca mais seu amor, e nunca mais volto a escrever poemas de amor para você.

— Von Buchman

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Nascido em Juruaia, a famosa Capital da Lingerie em Minas Gerais, descobri minha paixão pela escrita em 2011 e desde então escrevo como um passatempo gratificante. Como criador do site Verdadeiramente.com.br, busco compartilhar minhas reflexões e perspectivas únicas sobre a vida. Meu objetivo é inspirar e desafiar as pessoas a pensar de maneira diferente, enquanto compartilho minha jornada pessoal de autoconhecimento.

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