Desesperadamente desejo chamar-te

Desesperadamente desejo chamar-te. Não sei onde estás, não sei onde vives. Quem és tu hoje?

O tempo passou. Envelheci eu, envelheceu tu. Teu rosto já deve ter enrugado, a vida deixando sua marca.

Desejo ver-te, mas sei que não estás para mim. Não mais. Já estivestes, um dia estivestes para mim.

Sinto-te e vejo-te em sonhos de apocalipse. Desesperado, grito. Grito teu nome para que me ouças chamar-te novamente.

Já não me ouves. Ainda existes? Em meus sonhos ainda persistem teu toque e teu cheiro. Guardo-os com carinho em uma caixa ao acordar. Todas as vezes. Todos os dias.

O pensar sobre o futuro esmaga meu peito com toneladas de solidão, embebidas na tua falta. Já não estás. Eu olho para o quarto e já não estás. Esfumou-se.

Apenas eu ainda te guardo no canto do peito? Ainda pensas em mim? Viciei-me no desejo de ti?

Já não sei. Já duvido do meu próprio desejo.

— Antônio Reis

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Nascido em Juruaia, a famosa Capital da Lingerie em Minas Gerais, descobri minha paixão pela escrita em 2011 e desde então escrevo como um passatempo gratificante. Como criador do site Verdadeiramente.com.br, busco compartilhar minhas reflexões e perspectivas únicas sobre a vida. Meu objetivo é inspirar e desafiar as pessoas a pensar de maneira diferente, enquanto compartilho minha jornada pessoal de autoconhecimento.

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