Eu finalmente admito isso
Você, de alguma forma, permaneceu enraizado em meu ser, como uma sombra que nunca desaparece. Ao longo dos anos, tentei te afastar, mas você ainda habita meus sonhos, como um eco persistente de um passado que insiste em me assombrar. Não quero que você se vá, embora às vezes eu me pergunte por que ainda insisto em acreditar em você.
A dor que você causou, as noites solitárias e os momentos de desespero ainda ecoam em minha alma. Eu não quero mais perder a sanidade, arriscar meu coração e sentir aquela dor lancinante que você trouxe consigo. Mas, paradoxalmente, ninguém se compara a você, e é difícil admitir isso.
Nossos sonhos de uma vida juntos, a casa, a família, o cachorro, tudo se desfez como um castelo de cartas ao vento. Às vezes, me pego imaginando como seria se tivéssemos conseguido, se não tivéssemos estragado nosso grande sonho de felicidade. Você sabe que ainda sinto sua falta, mesmo quando não quero admitir.
Eu não quero mais perder a cabeça, arriscar meu coração e sentir aquela dor profunda por sua causa. Não quero mais a solidão que você deixou em seu rastro, nem o sofrimento terrível que me acompanhou por tanto tempo. Mas, apesar de tudo, ninguém se compara a você, e é hora de admitir isso.
No entanto, ninguém é como você. Essa verdade dói, mas é uma ferida que preciso enfrentar. Mesmo com todas as cicatrizes e mágoas que você trouxe, não posso negar a singularidade do que vivemos. Por mais que eu queira esquecer, você ainda é parte de mim, e eu finalmente admito isso.