Súplica
Ó amado meu, não me deixes, te imploro,
Permanece ao meu lado, ó, precioso tesouro!
Neste cárcere sombrio, minha alma clama,
Por tua luz radiante, que me acalma.
Se partires, serei um barco à deriva,
Naufragado em mares de dor e de angústia.
Sem teu calor, meu coração enfraquece,
Tornando-se morada de tristeza e insatisfação.
Não me deixes, anjo dos meus dias,
Pois em teu sorriso encontro alegria.
Em tuas palavras encontro consolo,
E em teu abraço encontro abrigo.
Como um pássaro sem asas, assim sou eu,
Perdido, sem direção, sem rumo, sem céu.
Se tu fores, a solidão me abraçará,
E a escuridão eterna me consumirá.
Permanece comigo, pois em ti encontro paz,
E a tristeza que me envolve se desfaz.
Sou um poço de mágoas, um rio de pranto,
Mas contigo, sou um jardim repleto em encanto.
Não me deixes, te suplico, ó amado meu,
Pois sem ti, minha vida é um vazio, um breu.
Fica ao meu lado, como a luz da alvorada,
E enche meu ser de esperança renovada.
Não me deixes, pois sem ti, não sou ninguém.
— Antônio Reis