O peso da dor invisível
Todas as noites a solidão me invade
E minhas rasuras e imposturas me lembram
De como sou vulnerável e frágil
Sob a luz da lua, sou apenas um mortal
Mas seus olhares me julgam com rapidez
Sem conhecerem minha verdadeira essência
Minha loucura é minha companheira
Mesmo quando tudo desaparece, ela se faz presente
Onde estão vocês quando choro
E sinto que tudo está desmoronando?
Será que suas almas estão tão vazias
Que não percebem meu coração sangrando?
Minhas risadas e piadas os animam
Mas quem se importa com o que eu sinto?
Minha alma está cansada de fingir
Ser feliz quando tudo parece tão triste
Não me julguem, pois é fácil demais
Quando a dor que carrego é desconhecida para vocês
E mesmo que nunca me entendam
Continuarei a ser quem sou, sem medo
Que minha loucura me guie
E me leve para onde eu preciso ir
Pois eu sou apenas um poeta
Em busca de um pouco de paz para existir.
— Antônio Reis