Sangue desconhecido
Em minhas veias corre o sangue
De alguém que eu ainda não conheço
Talvez alguém que me ame
E guarde um segredo tão pesado
Alguém que anda como eu
Mas que eu nunca terei a chance de ver
Talvez alguém que se arrependa
E diga que tudo foi para melhor
Eu queria saber quem é essa pessoa
Quem é esse alguém que sabe
Quem pode me contar minha história
E me mostrar quem eu realmente sou
Talvez alguém que esteja sozinho
Dançando em seus próprios passos
Procurando, perdido
Mas sempre sabendo a verdade
Eu quero perdoá-lo um dia
Por todas as respostas não dadas
E por todas as esperanças abandonadas
Mas primeiro, preciso encontrá-lo
Esse alguém que sabe
Esse alguém que é a chave
Para entender quem eu sou
E finalmente encontrar a paz.
— Antônio Reis