O último porto
Neste momento, eu embarco
no porto final do meu caminho.
O barco segue adiante,
e eu junto com ele parto.
De sua vida me afasto,
sem olhar para trás,
e de mim você não ouvirá
nem mais uma palavra.
Nenhuma carta será escrita
com seu nome no destino,
e a caneta não mais pronunciará
o som que o representa.
Proibido será dizer seu nome,
e sua lembrança se esvai
como alucinação em minha mente.
Não há mais porto para nós,
não há mais farol que guie
o coração de volta aqui.
Foi embora, e nunca soube
quem eu realmente sou.
Com isso dito, adeus,
Desta vez é para sempre.
— Antônio Reis