E a dor voltou… a dor sempre volta
E a dor voltou… a dor sempre volta. Você sempre volta na minha mente.
Tem sido dias difíceis desde que você se foi. Não consigo buscar forças em nada e nem em ninguém para conseguir suportar tudo isso.
A única coisa que consigo desejar é a morte. A vida se tornou um abismo escuro, úmido e gelado sem você.
E é tão difícil acordar a cada dia e me lembrar de que eu já não te tenho mais. Onde será que eu errei?
Não consigo ver um futuro para mim sem você nele, mas você não me quer mais. Então eu não quero mais viver. Sem você eu não tenho vida.
Os outros acham que eu estou vivendo, mas eu estou, a cada momento, experimentando toda a dor da minha vida sem você nela.
A dor que sinto é quase insuportável. Tudo se escurece ao meu redor; tudo está morto, tudo está sem cor.
Como sua partida pôde me deixar assim? Eu só sei que venderia minha alma ao diabo se ele me prometesse que te traria de volta para mim. Mas nem o diabo se importa com meu sofrimento.
Quantos textos eu já não escrevi chorando e sentindo essa dor. Foram muitos! E, nem mesmo assim, a dor se ameniza.
Minha alma está despedaçada, destroçada, abalada; e não há nada que eu possa fazer para me sentir bem.
Já não me divirto como antes com as coisas que eu gostava. Sem você tudo perde a graça. Tudo se transforma em dor, em sofrimento, em tristeza e em lágrimas.
Todos os dias eu vivo sozinho no meu desespero. Meus amigos já não me suportam mais; não suportam mais ver a minha dor e não terem a capacidade de me ajudar.
Tudo se tornou tão frio e triste. As flores já perderam a cor, o sangue já é preto e branco, e minha vida se tornou uma grande tela vazia.
Estou tão cansado, estou tão exausto de tentar parecer que estou bem sem você, mas a verdade é que eu não estou.
Eu não sei para onde ir, pois para onde eu vou, sempre há algo que me lembre de você.
Minha alma sente dor ao lembrar que minha dor, para você, tanto faz. Meu coração sangra ao saber que ainda quer você, mas você não o quer mais.
Como um rochedo, como um pecado, eu estou agarrado a você. Me sinto tão sujo sem você. Me sinto tão feio sem você.
Sem você eu me sinto um órfão abandonado no orfanato pelos pais sem amor.
Você me criou, me cuidou, me fez ter um porto seguro em você; mas você se foi e eu não tenho mais lugar para ficar.
E eu só quero gritar o quanto estou doente sem você. Quero que todos saibam que aqui há um coração sangrando e doente com sua partida.
Não, eu não tenho vergonha de admitir. Você é minha vida, mesmo não estando aqui.
Que todos me olhem e digam: “Vejam! Vejam o quanto ele sofre!”. Mas eu não me importo, eu quero que todos saibam que aqui há um coração sofrendo de amor.
Nem um dos que amei eu amei mais que a você. A nenhum eu quis mais que a você. Por nenhum eu chorei mais do que eu chorei por você.
Mas você não volta, eu sei. Você não me quer mais. E eu sei que a vida você não mais me devolverá.
Essa dor é como uma faca que me rasga o peito sem dó. E você me privou de todos os meus sonhos e meus lugares. Você me esvaziou de todas as minhas forças.
Por que você me escolheu, se você iria me abandonar um dia? O amor não é um jogo para ver quem é que consegue cativar mais corações.
Eu sei. Eu errei ao confiar a você todos os meus sorrisos e todos os meus segredos. Mas agora você se foi, e todos eles se foram junto com você.
Eu já não espero que o amanhã chegue, como eu sempre fazia. Será apenas dor, de novo.
E logo chegará mais uma noite. E logo lágrimas voltarão a cair e a vida se tornará, uma vez mais, o meu pior pesadelo.
Mas eu te amo. Eu te amo como um tolo, como um perdedor, como eu sou.
— Antônio Reis