A vida tirou tudo o que era dele
Chora um homem que passará a noite deitado na calçada nessa noite fria. Ele tem fome, ele não tem casa, família, muito menos dinheiro. Ele não tem nada a perder, afinal, ele já perdeu tudo. A vida tirou tudo o que era dele. As lágrimas correm por seu rosto, e uma luz de esperança brilha no fim do túnel. Ele ainda tem sonhos, vontades e coragem, mas ninguém que possa ajudá-lo.
As pessoas passam perto dele e fingem que ele não existe. Ele não tem culpa do que o destino lhe proporcionou. Ele gostaria de ter uma casa simples; um trabalho; uma família; o que comer. Mas ele só tem um coração vazio e um cobertor velho e rasgado, que ainda consegue diminuir, mesmo que muito pouco, o frio das noites que ele passa deitado na rua sob a luz do luar.
— Antônio Reis