Imperfeito, encarcerado. Longe da luz, longe de todos. Perdido no espaço, sozinho jogado num canto sem liberdade. Preso com correntes apertadas esperando por uma libertação que nunca virá. Sonhos e mais sonhos que nunca se realizarão. Dores que consomem, que tornam a vida amarga. Sentidos destruídos. Olhos fechados. Tristeza profunda. Olhos que nada veem. Ouvidos que nada ouvem. Mãos que nada sentem. O amor se foi, a felicidade se foi com ele. De um coração que antes era inteiro, só sobraram os pedaços. Cicatrizes que não se fecham. Machucados expostos. E pouco a pouco vou perdendo as forças. E o que me resta é fechar os olhos para sempre.